sábado, 6 de agosto de 2011

¬ Invisibilidade de Uma Existência... ¬



Aqui abro meu coração gritando que em meu caminhar muitos espinhos feriram meus pés... E que o tempo de cicatrização é insuficiente para que possas voltar a caminhar com o mesmo equilíbrio de antes.
Estou demasiadamente fragilizada... Tenho que me recolher em solidão na tentativa de escurecer meu olhar para as injustiças ao meu redor... Negam-me o direito de expor toda minha insatisfação.
Caminhei longas e exaustivas, distâncias mesmo estando em um mesmo lugar por tanto tempo.
Sinto-me como uma neblina viajante de noites escuras... Fragilizando meu coração já sem ritmo algum.
Verbalmente confundo-me rodopiando em volta de mim mesma... Teoricamente essa condição me faz emudecer calando-me por opção de não magoar aos que amo.
Às vezes minha insegurança de emudecer para sempre é bem real.
Insegurança de perder esse caminho que percorri com tantos e tantos sacrifícios que hoje são vistos somente por mim mesma.
Insegurança de me tornar inaudível a ponto de vocativamente não querer mais falar de sentimentos que ainda vivem em mim.
Insegurança e frustração do que ainda possa restar de todos os meus anseios não compartilhados.
Insegurança de ser julgada como colecionadora de uma escrita que confunde sem a chance de explicar a desconexão de meu silencioso incompreendido viver.
Rita Maria ¬ PVH, 07/06/2011 ¬


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