domingo, 28 de agosto de 2011

¬ Papai ¬ 13/01/1943 a 05/04/2011



Tem dias que acordamos tomados pelas lembranças de nosso pai.
Hoje em especial me sinto assim... Pensei que me fosse menos difícil me tecer de palavras que emocionalmente descrevessem com amor a palavra papai.
Papai, de mãos calejadas pelo trabalho árduo do dia-a-dia.
Papai, com seu vocabulário que muitas vezes eu não entendia.
Papai, e seus pensamentos silenciosos conversados com Deus.
Papai, e seus pés cansados e muitas vezes machucados por espinhos que eu não via.
Papai, que muitas vezes te percebia dormir de olhos abertos e bem atentos a fim de me proteger se acaso eu precisasse, enquanto eu permanecia com os meus fechados.
Papai lembro-me de você alcoolizado, bebendo suas magoas na garrafa... Pensado o senhor que assim mataria as tristezas empresas em seu calejado e infeliz espírito.
Lembro-me de meu pai: “e como me é difícil adestrar numa medida exacta este poema para te papai, que não estais mais aqui comigo.”
Hoje que não estais mais entre nós posso afirmar que faltou-me oportunidade de assim tapar algumas frestas, corrigir algumas falhas... Dizer-te algumas coisas que não me foram possíveis dizer... Pois chegastes aqui já quase sem vida.
N a verdade muito por dizer.
Mas, eu e você pai convivemos tempo suficiente para termos razoável amor e respeito pelas nossas diferenças.
Nesses últimos dias o que ficou em minha mente foi o silêncio estarrece-dor, um sufocamento de ter que engolir minha dor, ter que engolir meu choro, na esperança de ainda poder abrir meu coração e falar-te de todo amor que meu coração sentia por te pai... Uma segunda chance de poder ser mais presente em sua vida... Tu que fizestes tanto por mim.
Hoje, pai, meu olhos conseguem ver além... Não sou como o senhor pai, nem sei se poderei ser... Mas, não seria a metade do que sou se não fosse por tua causa pai.
Pai, querido meu... Que nosso elo perdure mesmo agora e sempre depois de tua partida.
Amo você papai querido... Saudades eternas de te!

D e sua filha

Rita Maria   ¬ PVH, 14/08/2011 ¬







sábado, 13 de agosto de 2011

¬ Letras Desalinhadas do Amor ¬



As letras vivem em meu coração, como se circulassem em minhas artérias , adormecendo minhas mãos. . Caindo como sementes que vão germinando o chão de amor... Entrelaçam-se comigo, grávidas de sentimentos.
São letras de que sopram vidas... Letras que se juntam e se preenchem de amor por outras que as possuem... Letras que ultrapassam infinitamente, no papel que as transformam em milagroso amor... Letras que tão somente foram descobertas quando Deus nos pensou ainda no ventre de nossas mães... Letras nossas que um dia tiveram o encanto de se encontrarem... Letras que não são separadas pela brisa... Letras que se fazem fecundas como argila molda da em ti... Letras de abraços que cauleia raízes em nós... Letras incertas e misturadas que se fazem em palavras, legando-nos desejos certos, onde nada as possa extingui-las.
Mais uma vez o silenciar das Letras se unem em palavras que te amo.


Rita Maria ¬ PVH, 08/08/2011 ¬

sábado, 6 de agosto de 2011

¬ Mar Amável ¬



Uma pitada de sal do amar, um fio de mel, uma suave brisa beijando-nos a pele e um desejo realizado...  Nós o mar e o pôr do sol testemunhando o entrelaçado desse amor.
Rita Maria  ¬  PVH, 06/08/2011 ¬



"TITULO " ¬ Auto - Confessado, Profundo ¬ Um trecho da música "Love Is A Losing Game" (Amy Winehouse)



Me textuo de pequenas e insensatas palavras secretas, desejosas de sentimentos clandestinos difíceis de disfarçar.
Em um tardio acontecer nossas almas se encontraram.
Eu sinto o amor confessado em nós... Sabemos do bem querer que temos um pelo outro.
Motivos mil separam nossos mundos distintivamente, elevando o sentido desse sentimento, conectando-nos com algo instintamente maior.
Nossos toques emocionados, trocados só em nossos pensamentos, nos elevam ao firmamento que capta a esperança que nosso sentir tenha um significado existencial.

Rita Maria   ¬ PVH, 02/08/2011 ¬

¬ Eclipsando Meu Pensar ¬



Quando te penso... Fios de luz se acendem.
Quando te penso... Diversificadas estrelas tocam as pontas dos dedos meus.
Quando te penso... Rios deslocam-se abandonando os leitos seus.
Quando te penso... Em minhas veias o sangue circula veloz sem saída.
Quando te penso... Um frio eriça meus pelos.
Quando te penso... Ardo em estado febril.
Quando te penso... Catastroficamente me tumultuo.
Quando te penso... Meus sais alteram-se provocando queimas calóricas.
Quando te penso... Loucamente sinto submetida a minha química causando-me combustão a tua pele.
Quando te penso...  Faz-me expor-me a sombra de meu espírito ao encontro do teu.
Rita Maria ¬ PVH, 25/07/2011 ¬

¬ Neri de Sá ¬


Como é bom em certos momentos de nossas vidas sermos surpreendidos por acontecimentos inesperados... Assim como sua chegada em minha vida... Chegou como brisa morna de outono que velozmente tornou-se um vendaval que desatina minhas convicções desassossegando meu espírito... E com essa resistência ganha lugar... Contribuindo para que meus dias tenham felicidade.
Obrigada Neri por fazer-se presente em minha humilde vida... Adoro-te!
Rita Maria  ¬ PVH, 22/07/2011 ¬

¬ Lnguagem Gestualizada ¬


Impessoalmente tua linguagem expõe uma intensidade que aborda uma profundidade emotiva... Mantendo uma conexão dominante que descortina a passagem narrada sentimentalmente diante dos que te olham e assoprando essência ao que te lêem.
Há uma avidez nesse descortinar... Teu linguajar é uma semeadura gestualiazando calidamente... Fazendo-se de tua escrita o sentir de tua própria expressão.
Cada palavra que chega de ti... Exala um mergulho infindo de verdadeiro e mais celebre amor.
Você se constrói de letras e palavras que cercam os sentimentos que tenho em mim.
Rita Maria ¬ PVH, 17/07/2011 ¬


¬ Dia do Amigo! ¬



Não quero pensar no amanhã sem você... Porque teria que acreditar que nada dura por muito tempo...  Pensar no amanhã sem nós é acreditar que não estamos aqui, que não existimos que nada existe... Nem você, nem eu, e nem o amor!
Feliz Dia do Amigo!
Que possamos sempre compartilhar nossos sentimentos... Adoro senti-lo como um ser especial  Neri.
Rita Maria ¬ PVH, 20/07/2011 ¬


¬ Invisibilidade de Uma Existência... ¬



Aqui abro meu coração gritando que em meu caminhar muitos espinhos feriram meus pés... E que o tempo de cicatrização é insuficiente para que possas voltar a caminhar com o mesmo equilíbrio de antes.
Estou demasiadamente fragilizada... Tenho que me recolher em solidão na tentativa de escurecer meu olhar para as injustiças ao meu redor... Negam-me o direito de expor toda minha insatisfação.
Caminhei longas e exaustivas, distâncias mesmo estando em um mesmo lugar por tanto tempo.
Sinto-me como uma neblina viajante de noites escuras... Fragilizando meu coração já sem ritmo algum.
Verbalmente confundo-me rodopiando em volta de mim mesma... Teoricamente essa condição me faz emudecer calando-me por opção de não magoar aos que amo.
Às vezes minha insegurança de emudecer para sempre é bem real.
Insegurança de perder esse caminho que percorri com tantos e tantos sacrifícios que hoje são vistos somente por mim mesma.
Insegurança de me tornar inaudível a ponto de vocativamente não querer mais falar de sentimentos que ainda vivem em mim.
Insegurança e frustração do que ainda possa restar de todos os meus anseios não compartilhados.
Insegurança de ser julgada como colecionadora de uma escrita que confunde sem a chance de explicar a desconexão de meu silencioso incompreendido viver.
Rita Maria ¬ PVH, 07/06/2011 ¬


¬ Tatuando a Escrita do Amor ¬




Em gestos e escritas, no sentido doce que aquece a alma... Dentre todos os ensinamentos que nos são impostos... O amor deveria fazer-se único para nosso crescimento pessoal... Tão único como uma proteção tatuada em nossa pele da qual pudéssemos cuidar com olhos atentos de muita sentimentalidade... E esse ato nos tornasse levemente como lua em noite de céu estrelado, nos orbitando em tempo e ação real... Conduzindo-nos e nos codificando mente e coração. . Por que em tempo de sermos nada é imperfeito o captar da Iris que busca momentos inesquecíveis, quando ainda não desabotoamos os obstáculos que nos fazem naturalmente aptos a vivermos sentimentos refletidos nas descobertas de nós mesmos.
Rita Maria ¬ PVH, 20/05/2011
Não há laço mais emaranhado de sabor do quê o que fazemos com o sangue que circula em nosso coração... E o meu coração assopra bunitezas para você!
Com você  quero sempre partilhar um intercâmbio de afeto... Adoro ler você Neri.