terça-feira, 8 de março de 2011

¬ No Vaguear Irrepetível de Minha Memória ¬




No breve momento de meu pensar, tingido pela cor de tua pele me questiono:
- Quem és tu?
Não existem momentos irrepetíveis... Eles aconchegam-se no arquivo de minha memória... Restando-me apenas a possibilidade das palavras... Persuadida pelos dias vou verbalizando a verdade inscrita em meu coração... Em desassossego me combusto ardentemente por tudo.
Na extremidade do escurecer, portas e janelas se abrem e fecham para alguém pegar ar.
Minhas palavras estão grávidas, de sentimentalismo... No meu imaginar debruço-me por cima de quem amo... E como um soprar, uma languidez me naufrago em êxtase... Nossa mudez de palavras nos religa num extenso ritual de sentimentos nascidos.
Furtivamente tento te escutar, como uma devoção balbuciada com queixas... Atrevidamente pergunto-te se é Deus que imperdoavelmente te faz me esquecer?
Ainda embalo meu ser de esperanças que essa não seja minha ultima escrita para você... Ainda que vagamente tenha certezas e incertezas a este respeito.
Será que esperas por minhas palavras?... Ou de minha passagem nada resta?
Nem mesmo a impressão digital sobre teu rosto que minha ilusão fez brotar?!
A gelidez do tempo está afastando nossos sentimentos... Já não sinto os ventos favoráveis.

¬ Rita Maria ¬ PVH, 18/01/2011







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